segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Enlaces do Passado - 24º Capitulo -"... eu pedi que tu, eu, o mano e a mãe fossemos uma família ..."

         






            O sábado rapidamente chegou e com ele a festa de aniversário da Catarina e do Tomás. Leonor somente se tinha lembrado da festa dos seus filhos na sexta e isso fizera com que tudo fosse feito em cima da hora.

            Quando soube da festa, Rúben quis de imediato ajudar e disse que trataria dos bolos. Concordaram, que por ser um momento de pouca felicidade devido á perda do bebe, que fariam uma coisa mais recatada, só para a família e para os amigos mais chegados.   

            A relação de Rúben e Leonor simplesmente não existia. Não falavam. Não olhavam um para o outro. Decidiram que só contariam a verdade aos gémeos e á família depois do aniversário e essa tinha sido a ultima vez que haviam falado. Tudo o resto, era tratado através de Catarina, a única que sabia a verdade.

            Também Catarina e Javi nunca mais se tinham visto nessa semana. Para dizer a verdade, Lia fugia dele. Desde aquela noite, que ela não conseguia encara-lo. Sentia que se tinha exposto em demasia, em pouco tempo ele conhecia o que ela mais queria esconder.

            Nessa mesma semana, Catarina tinha voltado á Luz e fora aceite na equipa de volei. Não podia estar mais contente. Os treinos começariam na semana seguinte e ela mal conseguia aguentar a ansiedade. Contudo, nunca mais vira o seu avô, nem queria ver. Não se sentia preparada para enfrentar a sua família… não ainda.

            Por outro lado, Catarina e Andrés tinham-se encontrado por acaso outra vez e foram tomar um café. Trocaram números de telemóveis e já se tinham encontrado por mais duas vezes essa semana. Catarina estava a gostar de o conhecer. Era uma pessoa divertida, espontânea , alegre e fazia-a rir imenso.



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            Era sábado e Javi tinha sido convidado para a festa de aniversários dos meninos. Estava ansioso, veria novamente Catarina. Ele sabia que ela estava a fugir dele, mas não o conseguira evitar ao longo da semana. Não sabia porque estava assim, ele não gostava dela ( pelo menos assim pensava ), apenas … apenas queria estar ao pé dela.

            Eram duas horas quando o seu irmão entrou em casa.

            - Boa tarde maninho. – Saudou-o Andrés.

            - Buenas. Sais-te cedo. – Constatou Javi olhando o irmão.

            - Fui tomar o pequeno-almoço com aquela minha amiga que te falei.

            - Muito tens tu saído com essa rapariga. Não me digas que o meu maninho esta apaixonado. – Brincou Javi mexendo no cabelo do irmão que já se encontrava ao seu lado no sofá.

            - A brincar que o digas … - Deixou no ar Andrés saindo para o quarto.

            Javi sorriu, gostava de ver o irmão feliz. Aquela rapariga estava a fazer bem ao irmão e Javi queria conhece-la.



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            Pouco passavam das 3 da tarde quando Catarina, Leonor e os meninos chegaram a casa de Rúben, onde ir ser o aniversário. Escolheram ser lá devido ao grande jardim que Rúben tinha, e apesar de Novembro, o sol fazia notar a sua presença.

        
    O jardim já estava todo preparado e os meninos correram logo para a mesa dos bolos para ver os seus bolos de aniversario.

"Parabéns Filipa"

"Parabéns Tomás"


            - Mae, mãe … - chama a Filipa – Anda ver os bolos que o Rúben escolheu, são lindos. – Leonor aproximou-se e viu que de facto Rúben se tinha esmerado. Mandou fazer o boneco que cada um mais gostava em bolo, estava realmente a esforçar-se para ser um bom pai, e isso, Leonor não podia negar.

            Os poucos convidados foram começando a chegar enquanto que as crianças brincavam nos insufláveis que Rúben havia colocado no jardim. Catarina, que até agora estava a brincar com elas, entra em casa para ir a casa de banho.

            Javi, havia chegado à pouco mais de meia hora, mas passara todo o tempo com o olhar cravado em Catarina. Esta nada havia notado. Ele não conseguia explicar. Ele queria estar com ela, queria falar com ela, queria conhece-la melhor, mas sem saber a razão, Catarina não o deixava entrar na sua vida.

Quando Javi se apercebeu que Catarina ia entrar em casa, saiu de onde estava, de modo a ela não o ver. Esperou que ela saísse da casa de banho e  puxou-a até um dos quartos.

- Estás louco?

- Se queres saber a verdade já estou a ficar um bocado louco já. – Respondeu Javi encostando-a à parede. – Porque passas-te a semana a evitar-me?

- Estás parvo? – Argumentou Catarina enquanto se soltava e ia para a outra ponta do quarto. – Eu não andei a evitar-te, simplesmente ainda ocupada.

- Claro. – Gargalhou Javi. – Deixa-me adivinhar, vais usar a desculpa do namorado novo?

- Por acaso até é verdade. – Catarina mentiu mas ele ficou com uma cara seria a olha-la. – Não olhes assim, é tão anormal eu ter arranjado um namorado?

- Estás a falar a serio?

- Estou! – voltou a mentir.

- Estás louca? – Javi aproxima-se bruscamente de Catarina e coloca-a de novo entre a parede e os seus braços.

- Não percebo qual é o teu problema. – Enquanto Catarina falava, ele ia-se aproximando.

- O meu problema és tu e aquilo que em pouco tempo despertas-te em mim.

- Não estou a perceber. – Tentava Lia mudar de assunto. Ela não podia estar a perceber as coisas , não podia ser o que ela pensava. Como que lhe lendo os pensamentos, Javi tirou-lhe as dúvidas.

- Vou tentar ser mais preciso. – Ele coloca cada mão em cada face e beija-a. Beija-a com carinho, com paixão, com desejo. Ele queria mais mas Catarina parou o momento com um estalo bem redondo e vermelho na casa de Javi.

- Nunca, mas mesmo nunca mais te atrevas a fazer uma coisa destas. – E sai do quarto a correr. Pega na carteira e quando se preparava para sair de casa , Leonor aparece-lhe á frente.

- Onde vais Lia?

- Desculpa Nô, dá um beijinho aos meninos e pedes-lhes desculpa, mas eu tenho de sair daqui, eu depois explico, desculpa. – E sai de casa de Rúben.




Catarina vagueava sem saber exactamente para onde ir, estava a andar á quase uma hora. Pensava em tudo, em Javi, na sua família, no volei, nos seus sonhos, na música, naquilo que abdicou no passado …  e quanto mais pensava, mais vontade tinha de vomitar, de “expulsar” a parte ruim do seu corpo. Ela culpava-se, culpava o seu corpo, pois no seu pensar se ela fosse bonita e magra nada disto lhe acontecia.

Como que destino, o seu telemóvel toca e é Andrés quem liga.

- Hola Guapa. – Saudou-a ele assim que Catarina atende.

- Ola.

- Uih, que vozinha é essa?

- Digamos que o dia não me esta a correr muito bem. – Lamenta Catarina sentando-se na areia da praia onde acabara de chegar.

- Queres que vá ter contigo?

- Deixa, deves ter coisas mais importantes para fazer Andrés.

- Não sejas tonta, tu és importante. – Catarina cora. Era importante para alguém, sentia falta disso. – onde estas?

- Estou na praia ao lado do nosso jardim.

- 10 minutos e estou ai. Ate já cariño.

- Até já.




Entretanto, em casa do Rúben, é chegada a hora de cantar os parabéns aos gémeos.

- Meninos, cheguem aqui para se cantar os parabéns. – eles vieram logo a correr.

Todos se juntaram a volta da mesa para cantar os parabéns e no fim, o Rúben lá insistiu que eles (com 3 anos!!!!) trincassem as velas e pedissem um desejo.

- E querem dizer o que pediram? – Perguntou o Rúben.

-Eu pedi que fosses nosso pai de verdade e não só a fingir. – Respondeu o Tomas. As lágrimas preenchem os olhos não só do Rúben como da Leonor.

-Eu sei que namoras com a tia Sofia, mas eu pedi que tu, eu, o mano e a mãe  fossemos uma família. – Concluiu a Filipa.

           Rúben ia falar mas nesse momento ouve-se uma voz á entrada do jardim.

            - Mas que palhaçada é esta? – Ao ouvir isto, Leonor vira-se na direcção de quem fala e fica sem ar. Não estava preparada para ver aquele sujeito tão cedo, não depois do momento que acabara de se passar e não sem estar minimamente preparada.

            - Pai? O que faz aqui? Não voltava só amanha? – Perguntou o Rúben limpando os olhos.

            - Vim mais cedo e resolvi fazer-te uma surpresa mas parece que o surpreendido fui eu. Pensei que tivesses aprendido no passado.

            - Não estou a perceber pai.

            - Não? Então vou ser mais claro. – Olhou Leonor. – O que é que esta ordinária faz aqui?










Olá meninas,
Eu sei, o capitulo está uma mer** , eu também não gosto de como ficou, mas vale, eu tinha prometido postar hoje ;s
Este capitulo tem continuação, para continuar o aniversario, perceber porque o pai do Ruben disse aquilo e como correrá a conversa da Catarina e do Andrés.
A continuação pode sair ainda esta semana, isso vai depender das pessoas que ja tiverem lido e comentado o capitulo, por isso dêem lá aos dedinhos nem que sejam 20 segundos guapas. 
Mais uma vez desculpem, vou tentar que o próximo seja melhor.
Beijinhos

Nii'i