domingo, 27 de janeiro de 2013

Enlaces do Passado - 16º Capitulo - " Amo-te e sempre te amarei ... " ( Parte I )



Meninas,  por lapso no último capitulo não coloquei a imagem da prenda do Rúben para a Leonor sobre aquilo em que ela era "viciada" , bem a prenda foi:




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RÚBEN

            Não o íamos fazer ali, depois de tanto tempo não nos íamos entregar um ao outro na sala. Tinha preparado o quarto como preparei no primeiro dia, queria tornar de facto tudo especial… único.  Eu fui o primeiro homem a quem a Leonor se entregou, ela era virgem e não teve problema nenhum em mo dizer isso na altura.

***

            Recordação


            Acabamos de jantar e fomos nos sentar no sofá. É a primeira vez que a Leonor vem a minha casa apesar de já namorarmos há mais de 1 mês. Sinto-a tensa, nervosa mas entendo a razão.

            - Amor? – ela olhou-me. – Que se passa? E nem vale a pena dizer que não é nada.

            - Há uma coisa que te preciso de contar… mas… mas não sei como vais reagir.

            - Princesa, eu amo-te. Podes-me dizer tudo.

            - Vou direta ao assunto – ela suspirou e olhou o chão – eu sou virgem!

            - Hei, olha para mim. – peguei-lhe no queixo e ela olhou-me – Isso só te torna mais especial. Se decidires que te queres entregar a mim, acredita princesa que vou tentar tornar tudo perfeito. – Ela sorriu e aninhou-se nos meus braços.


***

            Parei e disse-te:

            - Nós não o podemos fazer! – Levantei-me e percebi que ela me olhou surpreendida. – Não aqui. Anda. – Estendi a mão e ela agarrou-ma sorrindo.

            Seguimos para o quarto e quando chegamos ela ficou estupefacta. Abracei-a e sussurrei-lhe:



            - Amo-te minha pequena. – Virei-a para mim e beijei-a. As minhas mãos voaram até á sua camisola retirando-a. Deitei-a com cuidado sobre a cama, para mim ela era frágil … podia-se “quebrar” e isso implicaria ficar em ela e isso não podia acontecer.

            Beijei-a. Beijei-lhe o pescoço e ela encolheu-se. Fazia-o sempre que alguém lhe tocava o pescoço, era o seu ponto fraco. Fui descendo até ao seu umbigo e parei para lhe retirar as calças.

            Olhei-a.

            O corpo dela estava ainda mais bonito do que aquilo que me lembrava. Como era possível depois de ter dois filhos ficar com um corpo assim? Dizem que a perfeição não existe mas oque estou a ver a minha frente é perfeição pura.

            Ela rodou e ficou por cima. Sorriu-me de forma sedutora, provocando-me ainda mais. Foi-me tirando a camisola há medida que as suas unhas arranhavam o meu tronco desnudo. Estava a ficar possuído. Aquela MULHER levava-me á loucura.

            Tirou as minhas calças da mesma maneira que a camisola, de maneira a deixar-me completamente fora de mim.

            Cada sensação … cada gesto … cada beijo … cada toque … cada sentimento fazia com que nada mais nada no mundo importasse.

            Ela passou a mão pelo meu corpo enquanto me olhava nos olhos, não conseguia tirar os olhos do corpo dela … ele fascinavam-me completamente.

            Passou a sua mão por cima dos meus bóxeres. Gemi involuntariamente. Ela trincou o lábio, chegou-se para cima e falou:

             - Amo-te Rúben, aconteça o que acontecer nunca te esqueças disso. – Não 
entendi o porque de me dizer isto mas beijei-a.

            Troquei de posições e tirei-lhe as últimas peças de roupa que lhe faltavam e ela fez o mesmo com os meus bóxeres.

            Encaixamo-nos e Completamo-nos.

            Parecia tudo tão fácil, a maneira como nos encaixávamos, parecia que nada tinha mudado, parecia que nunca tínhamos estado afastados. Sentia-me vivo.

            Depois da Leonor ter ido embora de Lisboa e me ter deixado eu estive com outras mulheres, a última foi a Sofia. Apesar de numa ter namorado nesse tempo a Sofia foi o que mais perto pude chamar de namoro, pois estávamos juntos quando nos apetecia mas não “devíamos” nada um ao outro.

            Agora que penso, já não ouvi falar dela há mais de dois meses, nem me dei conta disso porque foi nessa altura que a Leonor voltou e a minha vida deu uma volta de 180º.

            A Leonor disse-me há uns dias que tinha cortado relações com a família quando foi para Braga. Eu nunca tinha conhecido a família dela. Sabia que tinha uma irmã 2 anos mais velha e que o pai e mãe eram muito conservadores, foi por isso que eu nunca os conheci, para além de ser mais velho que ela sou também jogador e os jogadores não tem muito boa fama …

            Trocamos de posições e desta vez fui eu que a brindei com toques e gestos que sabia que a levavam á loucura. Ela estava a amar e eu estava a ficar cada vez mais possuído com isso.

            Ambos gritávamos sem nos importarmos com o que os vizinhos podiam ouvir. Nós tínhamos necessidade disto. Ao fim de horas, sim horas, estávamos esgotados e acabamos por adormecer nos braços um do outro não sem antes ouvirmos um mútuo “amo-te”.


***

            Acordei e senti-me sozinho na cama. Olhei e nem sinal da Leonor. Será que tinha sido tudo um sonho? Não podia ser, eu sentia-me vivo, eu tinha uma sensação de preenchimento completo por isso tinha de ser real.

            Vesti-me e saí do quarto. Ao percorrer o corredor podia sentir o cheiro a torradas acabadas de fazer e mal entrei na cozinha pude ver a Leonor a colocar manteiga nelas. Abracei-a e ela assustou-se, não tinha dado pela minha presença.

            - Bom dia amor! – disse dando-lhe um beijo no rosto. Ela virou-se e beijou-me.

            - Bom dia bebé. Vamos tomar o pequeno-almoço?

            - Sim claro! – Sentamo-nos frente a frente. – Podias ter-me acordado que te tinha ajudado e escusavas de ter o trabalho sozinha.

            - Não custou nada e acredita que mereces pela fantástica noite que me proporcionas-te. – Sorriu. Levei a minha mão até ao seu rosto e fiz-lhe uma festa.

            - Eu é que tive uma noite como há muito não tinha! – Sorri.


            Acabamos o pequeno-almoço e depois de arrumarmos tudo fomos para o sofá. Estava a fazer-lhe festas quando a Leonor fala:

            - Achas que vamos conseguir ser felizes desta vez?

            - Temos de ser Nô, eu amo-te, tu amas-me, o que pode correr mal?

            - Rúben, sabes que temos imensas coisas a separarem-nos, não te sei explicar. Tenho um pressentimento mau … não sei, mas acho que vai acabar de pressa esta felicidade imensa que estou a sentir agora.

            - Vais ver que isso é apenas alguma má disposição.


            Aquela conversa acabou ali, passamos a manhã a ver televisão e a namorar. O almoço fui eu que o fiz e também arrumei a cozinha. Estava a acabar de guarda-la quando a minha princesa foi ligar á Catarina para saber como estavam os meninos. Mãe é mãe, está sempre preocupada, pelo menos é o que dizem. Como seria ser pai? Será que eu dava um bom pai? Imaginava-me a ter filhos com a Leonor, a terem a beleza dela, o Tomas e a Catarina eram realmente muito bonitos por isso os meus filhos com ela também o seriam, de certeza. Sorri ao imagina-la com um filho meu nos braços.

            Tocaram a campainha e fui abrir já que estava mais perto, a Leonor estava no quarto. Quando abro a porta dou de caras com a Sofia.

            - Sofia?

            - Olá Rúben. Eu preciso de falar contigo, é um assunto sério. – O que a Leonor iria pensar se visse ali a sofia?

            - Não é boa altura Sofia, não pode ser noutra altura? – Ela não me respondeu e entrou. Fechei a porta. Ela foi para a sala e eu fui atras dela. A Leonor ainda devia estar a falar com a Catarina pois não estava la.

            - Andei 2 meses a ganhar coragem para te dizer isto mas acho que tens o direito de saber. Antes quero que saibas que não fiz de propósito porque era tudo o que eu menos queria neste momento. – as lágrimas começaram a escorrer-lhe pela cara. – Eu estou grávida e tu és o pai. – Paralisei com o que ouvi. Mas fiquei pior quando a Leonor falou.

            - Sofia? – Disse indo a correr abraça-la. – Que saudades que tinha tuas.

            - Nô. – Respondeu a Sofia abraçando-a também. Elas conheciam-se? – Que é feito de ti? Sei que os pais não foram corretos mas não precisavas de ter mudado de número, eu estava preocupada contigo.

            - Desculpa mana mas eu tive de sair de Lisboa. Regressei á pouco tempo. – MANA? Elas eram irmãs. Não, não podia. – Que estás a fazer em casa do Rúben?

            - Isso pergunto-te eu nem sabia que se conheciam, mas és minha irmã tens o direto de saber o que se passa. – Ela não podia dizer, não podia. Aproximei-me para a impedir de falar mas foi tarde de mais - Eu estou grávida e o Rúben é o pai. – Parei. A Leonor olhou-me com uma desilusão enorme. Compreendia-a. Para além de ir ser pai ia ser pai do filho da irmã dela, isto é, do sobrinho dela, ou seja, ela ia ser madrasta e tia ao mesmo tempo. Como iria pedir para ela aceitar uma coisa destas?


LEONOR


            Quando vi a minha irmã á minha frente corri para ela. Esqueci-me que estava em casa do Rúben e esqueci-me sequer de pensar o que ela lá fazia. Mas quando lhe pergunto mais valia ter ficado calada. A Sofia disse-me que estava grávida do Rúben. Pelo que percebi ele também só soube agora. Não ia permitir que aquele bebé nascesse sem o pai por perto, sabia o quanto isso era difícil.

            - E tu, o que estás aqui a fazer? – perguntou-me ela.

            - Estou … estou … estou em trabalho. Eu sou relações públicas do Benfica e como Rúben vai dar uma entrevista tive de vir dar-lhe algumas indicações. Mas estou já de saída. Vou só buscar a minha carteira que ficou na cozinha quando fui lá beber um copo de água. – Olhei o Rúben ma rapidamente olhei novamente a Sofia. – Eu tenho o teu número, esta semana ligo-te para irmos tomar um café porque quero que conheças duas pessoas. – Sorri.

            - Fico á espera mana. – Dei-lhe um beijo e um abraço e fui á cozinha buscar a minha carteira. Passei pelo Rúben mas nem o olhei.

            Assim que chego á cozinha, as lágrimas que andava a controlar caiem-me de forma descontrolada.

            - Leonor … - disse o Rúben tocando-me no ombro. Tirei-lhe a mão , peguei na carteira, limpei as lágrimas que consegui e virei-me para ele.

            - Faz o que tens de fazer. Eu vou embora. Não te vou dizer que nunca mais nos vamos ver porque seria mentira, és pai do meu sobrinho – e dos meus filhos, apeteceu-me dizer mas não podia, muito menos agora.  – por isso é normal que nos vamos encontrar…

            - Leonor, deixa-me falar … - Disse interrompendo-me.

            - Não, só vais ouvir. – Respirei fundo e continuei. – Rúben, entende que eu sei como é criar filhos sem ter o pai por perto e não quero que a Sofia passe pelo mesmo. Aquele bebé merece ter um pai presente, a Sofia merece que o pai do filho esteja presente. Eu sei que não me trais-te, estávamos separados, eu tinha-te deixado. Eu não te condeno por teres estado com outras mulheres, não podias adivinhar que ainda por cima a Sofia é minha irmã, mas agora está feito. – As lágrimas continuavam a cair-me pela cara. Nem tentei controla-las. – Fica com a Sofia, fica do lado dela e ama aquele bebé que é o teu filho. Eu nunca me iria perdoar se traísse a Sofia dessa maneira  ela não merece e muito menos merece aquela criança que não pediu para nascer. Vai lá, conversem os dois mas fica sempre do lado dela. – Passei-lhe a mão pelo rosto. – Eu amo-te, vou sempre amar-te, és parte de mim, mas neste momento há algo muito mais importante que o nosso amor. Eu sei que vais fazer o correto. Tenta ama-la, ela é uma pessoa excelente, das melhores pessoas que já conheci. – Também ele já chorava. – Eu fico feliz se tu e a Sofia forem felizes e amarem o meu sobrinho. Ela não sabe que fomos namorados, não lhe contes, eu conheço-a, se lhe contares ela não dá uma hipótese há vossa relação.  – Aproximei-me e dei-lhe um beijo demorado, bastante demorado no rosto e sussurrei-lhe. – Amo-te e sempre te irei amar!– Respirei fundo e sai daquela casa. Tinha de o deixar seguir em frente, eu já o tinha privado de ver crescer dois filhos, não o ia fazer de novo. Se ia ama-lo? Sempre. Afinal bastava olhar para os meus piolhos que o vi a ele, mas a partir de hoje, ele ia ser meu cunhado e era assim que o tinha de ver.



✓ O que irá implicar a entrada da Sofia na vida do Rúben e da Leonor?
✓ Irão a Leonor e o Rúben conseguir estar muito tempo separados?
✓Quando o Rúben se irá aperceber que afinal este não vai ser o seu primeiro filho?
✓ Como terá sido a noite do Javi e da Catarina?
✓ Terá conseguido o Javi baixar algumas barreiras na Catarina ?
✓ Terá Javi conseguido com que a Catarina admitisse que tem um problema e terá nela deixado que ele o ajudasse?
✓ Que problema terá tido o Javi ( ou alguém próxima dele )no seu passado para "perceber" tanto de problemas psicológicos?


Bem meninas, aqui está o capitulo. A noite do Javi e da Catarina vem na segunda parte porque achei que o capitulo já estava longo e já tinha muitas emoções, a noite do Javi e da Catarina também vai ser com muitas emoções, acreditem.
Por isso, para lerem o próximo comentem este e deixem as vossas reacçoes (;
Espero que tenham gostado,
Beijinhos

Nii'i 

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Enlaces do Passado - 15º Capitulo - "Eu não te vou abandonar… "





JAVI

            Quando a Leonor desabafa sobre o que pensa que a Catarina tem eu fico sem reação. Como é que uma rapariga tão bonita como ela é acha-se gorda e feia? Ela é… linda … atrevo-me mesmo a dizer que é uma das mulheres mais bonitas que alguma vez conheci.

            Agora percebia o porquê de ela me falar daquela maneira, o porquê de ela me falar mal. Ela estava psicologicamente em baixo, arrisco mesmo a dizer que ela nem tinha autoestima. Eu queria conhece-la … ser amigo dela. A maneira como a Catarina trata os meninos é enternecedora e cativante. Percebe-se que os ama e os protege, mas quem a protege a ela? Queria ajuda-la a recuperar o comando da sua vida. Sei bem como problemas psicológicos podem destruir a vida de uma pessoa até não restar uma única célula. Primeiro parece algo vulgar e não damos conta que já estamos a ser consumidos, depois torna-se regular e abcessivo, por último chegamos ao ponto de cometer loucuras nunca antes pensadas. Quando nos apercebemos da teia onde estamos e queremos pedir ajuda já não conseguimos e acabamos por desistir sem nunca ter começado a lutar. Percebemos que já não há nada a fazer, a nossa mente alterada ganhou esta luta maligna com a nossa ( tentativa de ) vida e não queremos envolver outras pessoas demasiado importantes neste sofrimento. Desistimos da vida... do mundo ... de amar ... desistimos de quem mais nos ama. Sei demasiado bem o que é ver problemas psicológicos arrancarem de nós quem mais amamos, quem mais nos faz falta.

            - Javi? Javi?  - Olhei para a Leonor. – Ouviste o que te disse? – Não, sempre que penso nele desligo-te do mundo.

            - Desculpa mas não te ouvi. – Ela bufou.

            - A única coisa que te peço é que não fales disto com a Catarina. Ela nunca reage muito bem e quero pensar de uma maneira de a ajudar.

            - Claro, mas Leonor eu também a quero ajudar. – O Rúben olhou-me. Ele tinha percebido as minhas razões. Ele apoiou-me muito nessa altura e nunca deixou que também eu desistisse. Percebi que a Leonor ficou surpreendida com a minha reação, no lugar dela também ficaria assim. – O Rúben depois explica-te. – Ela assentiu com a cabeça e mudamos de assunto porque a Catarina se estava a aproximar.


CATARINA


            Eu tinha de o fazer, por muito que quisesse dizer que não , as forças não eram suficientes… isto consumia-me de uma maneira que eu não conseguia entender… parecia ser este o único caminho possível.  Isto já era parte de mim, uma necessidade.

            Pensado bem isto fazia sentido e tinha mesmo de ser feito. Eu precisava de ficar magra e bonita e comendo isso não era possível e eu comia sempre em demasiado.

            Fi-lo!

           Sentia-me leve, aliviada. Tinha tomado a atitude certa. Lavei a cara e sai da casa de banho. Ao aproximar-me da mesa vi que a Leonor já lá estava, tinha demorado demasiado tempo, mas era impossível de controlar, quando o fazia parecia que estava noutro mundo… parecia que era outra pessoa… parecia que o mundo parava para eu tomar a atitude certa.

            Sabia que ela começaria a dizer disparates. Mas o que sabia ela realmente disto? Ela nunca sentiu na pele o que eu sinto, ela sempre foi linda e homens nunca foi problema para ela. Ela não conhecia a dor de ser rejeitada… a dor de ser posta de parte, de ir na rua e de as pessoas comentarem o quão o nosso aspeto é asqueroso… é tão mau que nos leva a pensar fazer o pior.

            - Eu vou indo para casa. – Disse assim que me aproximei da mesa.

            - Sozinha? – Respondeu prontamente a Leonor. Estava surpreendida por não te ter dito nada. Se calhar ia deixar de me chatear sobre esse assunto.

            - Não,os meninos vão comigo.



***


LEONOR


            Uma semana se passou. Os meninos estavam um pouco engripados mas nada de grave. A minha relação com a Catarina estava um pouco tensa, apesar de eu nunca mais ter voltado a tocar naquele assunto ela sabe que eu não vou desistir pois conhece-me demasiado bem.

            Hoje ia ser uma noite muito especial. Ia jantar a casa do Rúben e bem… acho que era hoje que teríamos a “nossa” merecida noite, pelo menos assim o esperava pois tenho imensas saudades de o sentir… de lhe tocar … de ele me tocar.

            Os meninos já estavam com os pijamas vestidos e estavam a ver televisão. Estava já quase pronta quando a Catarina entre no quarto e senta-se na cama.




            - Estas linda. – Disse-me

            - Obrigada. – Sorri.

            - É para contar contigo para dormir fora? – Riu-se.

            - Não sei, também não ter quero sobrecarregar ainda mais com os meninos a Ana e o Mauro… - Ela interrompeu-me.

            - Já te disse que não me importo de ficar com eles.

            - Não, tu vais jantar com o Javi e ponto final.

            - Eu não quero Leonor, eu já lhe disse isso mas ele não entende.

            - Catarina, não o afastes, deixa-o ser teu amigo, ele é das pessoas mais incríveis que já conheci e só quer ajudar-te.

            - Ajudar-me em quê? – disse levantando-se e indo para o pé da janela. – No problema que pensas que eu tenho? Espera lá, tu conteste-lhe o que achas?

            - Contei, contei que estou preocupada contigo, contei que és a minha melhor amiga e que estou farta de te ver morrer um bocadinho mais a cada dia porque não acordas para a vida. – Aproximei-me. Ambas choravamos. – Lia, eu adoro-te e sabes que preciso muito de ti ao meu lado, não me faças perder-te porque eu não ia aguentar.- Suspirei. – Não te peço mais nada, apenas que desfrutes deste jantar, aproveita a companhia do Javi como o amigo que ele quer ser, simplesmente baixa essas barreiras pelo menos por hoje. – Limpei-lhe as lágrimas e sorri. – E agora vai vestir a roupa que te pus em cima da cama. – Olhou com cara de poucos amigos.

            - Nô, eu já estou vestida e pronta.

            - Nem pensar, não vais de calças de ganga, camisola larga e botas, nem penses. Vai masé vestir aquilo antes que me chateie. – Ela percebeu que não valia a pena dizer nada e saiu do quarto.

            O Mauro e a Ana vinham dormir cá a casa para os meninos não estarem a sair.

            Acabei de me arranjar e fui ver como estava a Catarina, ela estava fenomenal.



            - Bem, ainda dizias que eu estou linda? Já te olhas-te ao espelho?

            - Já e não gosto, estou mesmo feia Leonor . –Disse sentando-se e baixando a cabeça-

            - Eih, - disse puxando a cabeça para cima. – Prometes que hoje baixavas as barreiras, não quero que digas que estas linda mas também não digas que estas feia. – Tocaram a campainha. – Aproveito a deixa e vou também. Diverte-te Lia e confia no Javi, eu confio nele. – Sorri e sai.

            Cumprimentei a Ana e o Mauro, despedi-me dos meus pequeninos e sai de casa. Quando cheguei a casa do Rúben, toquei á campainha e ele veio-me abrir a porta.

            - Olá princesa. – Beijou-me. E que beijo. Esta noite promete.

            - Olá bombom. – Era como lhe chamava quando namorávamos.

            - Que saudades de ouvir isso… - Abraçou-me. – Bem, mas vamos jantar. Anda cá. – Tapou-me os olhos.

            - Eih, porque que estas a tapar-me os olhos?

            - Porque sim, anda e não reclama. – Riu-se. Chegamos á sala e fiquei sem sabem que dizer. Estava tudo lindo…magnifico… mas mais que isso, estava igual á primeira vez em que jantamos naquela casa há mais de 3 anos atrás, o nosso primeiro jantar…a minha primeira vez foi nesse mesmo dia e ele sabia que eu era virgem. Tornou tudo especial, um jantar romântico, um filme e depois um dos melhores momentos que já vivi na vida. Ele foi o único homem com quem estive, mas claro, ele não sabe isso pois se soubesse saberia que os filhos são dele.




            - Nem sei que dizer… tudo me faz lembrar de há … - interrompeu-me.

            - Do nosso primeiro jantar, da nossa primeira noite. Quis tornar tudo especial de novo. Querias um novo inicio, aqui o tens, vamos começar tudo de novo. – Sorriu e beijou-me.

            O Jantar correu maravilhosamente, eu amava aquele homem mais que a minha própria vida. Falta a sobremesa. Tinha um feeling que seriam morangos e chantilly e não me enganei. Exatamente o mesmo, tudo igual. Ele não se tinha esquecido de nenhum pormenor. Acabamos os morangos e sentamo-nos no sofaá.

            - Amor, tenho uma prenda para te dar! -  Se fosse a jurar dizia que os meu olhos reluziram. Sim, eu era como as crianças, amava prendas. – Continuas a mesma tontinha por prendas. – Riu-se e levantou-se. Saiu da sala e quando voltou vinha com dois embrulhos – Toma.

            - Estou sem palavras. Ainda te lembras. – Disse com lágrimas nos olhos.

            - Como me poderia esquecer, é o teu maior vicio.

            - Não, o meu maior vicio és tu. – Ele chegou-se a mim e beijou-me. Beijou-me com desejo. Ele deitou-se sobre o sofá e puxou-me para ele. As suas mãos já andava debaixo da minha camisola até que acabou por tira-la, eu estava com as minhas mãos no cabelo dele. Oh, que saudades! Estava tudo bem até que …

            - Nós não podemos… - disse o Rúben surpreendendo-me e levantando-se.


***


CATARINA


            Ter “aceite” ir jantar com o Javi foi um grande sacrifício, sim sacrifício. Sei que muitas raparigas davam tudo para estar no meu lugar mas eu dava tudo para sair dele. Eu não queria me aproximar dele, ou pelo menos não podia querer. Um homem como ele não se deve dar com gente como eu, ele é…lindo…perfeito…incrível e tem um sorriso que me hipnotiza é verdade, mas é errado, irrecusavelmente errado.

            No entanto não tive outra escolha, a Leonor obrigou-me, o Rúben, sim o próprio Rúben obrigou-me e quando o Javi me pediu não consegui dizer que não. Mas sabia que estaria a cometer um grande erro e ainda ia pagar muito caro.

            Fui ver como estava a Leonor ( ela ia jantar com o Rúben ) e não era de admirar que estivesse linda, e não me enganei. Estava de facto fabulosa. Na minha ideia eu já estava pronta mas a Leonor começou com as coisas dela e lá tive eu de vestir um roupa dela, pois eu não tinha esse tipo de coisas. Achava demasiado bonita para uma pessoa como eu. Mas nem contestei, com ela era impossível.

            Quando o Javi me mandou uma sms a dizer que tinha chegado, disse á Ana que ia andando e ela ficou um bocado atabalhoada a olhar para mim.

            - Bem Catarina eu sabia que eras bonita mas tu estás um arraso. – Eu disse que me ia arrepender.

            - Não digas asneiras, eu vou embora. – Fui dar um beijo aos meninos e sai. Ainda bem que o Mauro estava na casa de banho.

            Desci e o Javi estava encostado ao carro mas de costas para mim. Aproximei-me e ele nem deu pela minha presença, resolvi fazer-me notar.

            - Acho que podemos ir. – ele assustou-se ao ouvir-me e virou-se rapidamente. Fez a mesma cara que a Ana. Caramba, eu sabia que estava mal, mas assim tanto? – Javi?

            - Hã? Desculpa, sim vamos. – Abriu-me a porta e eu entrei. Fomos o caminho em silêncio, um silêncio constrangedor. Chegamos rápido a um restaurante na marginal, aqui era lindo. Como ainda era relativamente cedo para jantar fomos dar uma volta. Aproximamo-nos duma ponte e ele falou.

            - Vamos até meio da ponte olhar o rio? – Oh não. Eu não queria dar parte fraca mas aquela ponte juntava 3 medos meus: escuro, alturas e água.

            - Eu tenho medo. – Disse em sussurro.

            - Medo? Medo de que? – Perguntou não de forma curiosa mas de forma preocupada.

            - De muita coisa.

            - Dá-me a mão, eu não te vou largar. Eu não te vou abandonar… - olhou-me fixamente. Porque será que aquilo me soava a muito mais do que o assunto da ponte? Pior, porque aquilo me sabia bem ouvir? – Vamos? Confias em mim? –Lembrei-me das palavras da Leonor, "eu confio nele". Não respondi apenas lhe dei a mão. Começamos a caminhar até que ele me sussurra uma coisa ao ouvido que eu não estava de todo á espera de ouvir.


Porque será que o Rúben parou o momento?
Irá a Catarina conseguir baixar as barreira nem que seja por uma noite?
O que terá dito o Javi de tão surpreendente?



Olá minhas lindas (;
Antes de mais quero agradecer os 13 comentários e as 20 reacções  foi de facto um grande incentivo para escrever este capitulo e as vossas opiniões dão-me ideias ;b
Espero que este capitulo esteja do vosso agrado e que tenha o mesmo feedback do anterior, por isso comententem e deixem a vossa reacção  Um simples gesto pode mudar muita coisa (;
Beijinhos

Nii'i 

IMPORTANTE:

Sei que este capitulo nao vai ser do agrado de algumas pessoas mas eu tinha de parar a noite ali, a noite deles vai ocupar muito porque vão ser feitas revelações importantes para a história. 
Outra coisa que acho importante dizer, é que a Catarina é uma personagem muito importante para mim e ainda me é um pouco dificil escrever sobre ela, peço desculpa se agora nao sai o melhor possivel mas ainda me estou a adptar a escrever sobre esse assunto que a mim me marca.
O Próximo trará mais revelações e será mais emociantes