RÚBEN
Estava feliz, sentia-me realizado.
Ter-me acertado com a Leonor foi a melhor coisa que me podia ter acontecido. Eu
amava aquela mulher de uma maneira incontestável, tudo nela me fazia tremer.
Nunca pensei que um dia me ia sentir assim, muito menos por ela, afinal ao
inicio a nossa “relação” foi tudo menos fácil, pois apesar de eu ter sentido
logo uma enorme atração o mesmo não posso dizer dela
***
Recordação
Depois de dançarmos aquela música no
bar, meteram-se bastantes pessoas à nossa frente e deixei de a ver. Procurei-a
mas em vão, quando perguntei aos amigos dela se sabiam onde estava disseram-me
que já tinha ido embora. Desisti e fui também eu para casa.
Os dias iam passando e aquela miúda (
sim miúda, visto que ela tinha apenas 16 anos ) não me saia da cabeça. Eu
perguntava-me porquê, tendo em conta, sem me querer gabar, que mulheres não me
faltavam.
Estava em casa a ver televisão quando me
tocam á campainha. Só podia ser uma pessoa.
- Entra mano- disse quando abri a porta.
- Continuas com essa cara de “carneiro
mal morto”?
- Já te disse que estou igual.
- Mano, conheço-te há 21 anos e ainda
achas que me consegues enganar?
- Pronto, eu conto-te o que se passa mas
promete-me que não vais gozar.
- Já percebi que o assunto è miúdas.
- Sim é. – Disse baixando a cabeça
- Chuta!
- Lembras-te de na semana passada ter
ido a uma escola para falar de futebol?
- Sim lembro, andavas todo stressadinho
com o que ias falar e não sei quê.
- Pronto, nesse dia conheci uma pessoa.
- Não me digas que te interessas-te por
uma aluna? – E começa-se a rir ás gargalhadas, mas quando vê a minha cara ficou
sério e falou. – Pronto, estava só a brincar. Sei bem que nunca te ias
interessar por uma chavala, gostas de mulheres mais velhas, eu sei, peço
desculpa pela piada. – eu baixei a cabeça e apoiei-a nas mãos.
- Eu também pensava o mesmo só que nesse
dia conheci a Leonor. – O Mauro ficou com cara de parvo a olhar para mim.
- Diz-me que ela pelo menos anda no 12º
ano e que tem 18 anos.
- Anda no 11º e tem 16 anos. – Ele fez a
mesma cara de a pouco. – Mas acho que está quase a fazer 17. – Pelo menos tinha
essa esperança.
- Ah, estou muito mais descansado agora,
para ser sincero. – Ironizou.
***
Ri-me ao relembrar este episódio. O
Mauro ficou apavorado e não era nada com ele, se fosse acho que morria.
Veio-me à cabeça a primeira vez que
falamos depois do bar, foi épico.
***
Recordação
- Tu tens a certeza que vais fazer isso?
– Perguntou o Mauro.
- Tu tens
uma lata, convenceste-me a chegar até aqui e agora perguntas se tenho a
certeza? – eu e o Mauro estávamos dentro do meu carro parados à porta da escola
da Leonor. A minha conversa de ontem com o Mauro pôs-me a pensar e ele hoje foi
lá a casa e insistiu para vir aqui. Parece que depois do “choque” que apanhou
percebeu que eu estava realmente interessado e convenceu-me a vir falar com
ela.
Eu estava… acho que ridículo è a palavra
certa. Casaco preto com carapuço na cabeça, óculos de sol na cara e cachecol à
frente da boca. Sim, ridículo era a palavra certa mas fazer o quê?
Os alunos começaram a sair e eu sai
também do carro aproximando-me do portão. Saiam tantos alunos que eu não conseguia
perceber se a Leonor já tinha ou não passado. Estava quase a ir embora quando a
vi sair com duas raparigas. Despediram-se no portão indo depois para lados
opostos. Por sorte, ou talvez destino, a Leonor veio para o lado onde eu
estava, percebi no entanto, que não me tinha reconhecido. Agarrei-lhe no braço
e falei:
- Leonor espera… - Ela olhou para trás e
fez uma cara de assustada. Tirei os óculos para ela perceber quem era.
- Ah, és tu Rúben. – Disse sorrindo, mas
para logo de seguida dar lugar a uma olhar sério. – Rúben? O que estás aqui a
fazer?
- Vim-te fazer um convite.
- Um convite?
- Sim, queria-te perguntar se não queres
ir dar uma volta comigo ou comer um gelado?
- Desculpa mas não. Rúben, eu não sei o
que queres, provavelmente estás só a ser simpático, mas nós nem amigos podemos
ser. Tu para mim vais ser sempre aquele jogador lindo que eu admiro e vejo na
televisão, mas só isso. – Soltou-se do meu braço e foi embora. Olhei para o
Mauro e ele apenas me encolheu os ombros.
***
Foi
muito difícil eu me aproximar da Leonor, mas agora que penso e relembro o
passado não tenho dúvidas que tudo valeu a pena.
Afastei estas recordações, peguei nas
chaves, no saco do treino e saí. Sei que hoje vou voltar a ver a minha princesa
pois ela volta hoje ao trabalho.
LEONOR
Acordei
super bem-disposta, quando estamos felizes parece que os problemas são
insignificantes.
Tomei
um duche relaxado e vesti-me
Hoje
voltava ao trabalho, para além de poder ver todos os dias o meu amor, estou
relacionada com o meu clube de coração e comunico, aquilo que amo fazer. Este
era em dúvida um emprego perfeito para mim.
Fui
para a cozinha preparar o meu pequeno-almoço. Tinha falado com a Catarina e até
ela arranjar trabalho na área dela, ia ficar a tomar conta dos meus piolhos,
mas só aceitei na condição de lhe pagar, afinal ia-lhe ocupar o dia todo. Sendo
assim, os meninos também não tinham de acordar cedo.
Estava
já a acabar quando a Catarina entra na cozinha.
-
Bom dia Alegria
-
Isso é que è boa disposição. – Reclamou ela. O grande defeito da minha melhor
amiga é ter um péssimo, mas realço bem a palavra péssimo acordar.
-
Lia, já toda a gente sabe que tens péssimo acordar mas podias tentar melhorar
não? – disse metendo-me com ela.
-
E se me desamparasses a loja, não era boa ideia?
-
Pronto, eu não brinco mais. Vamos falar de coisas sérias. – sentei-me ao lado
dela. – O que achas-te do Javi.
-
Pensei que tinhas dito que íamos falar de coisa sérias. –
respondeu-me
levantando-se.
-
Para Catarina, para de fugir. Quando é que vais enfrentar o teu passado e parar de fingir que está tudo
bem? Quando vais dar a ti mesma uma oportunidade de seres feliz? Quando vais
admitir que precisas de ajuda? – Sei que estava a ser um pouco bruta mas ela
não me permitia ter oura postura. Eu já tinha tentado tudo mas enquanto ela não admitisse que tinha um
problema eu não a conseguia ajudar. Ajoelhei-me à sua frente. – Lia, quando me
vais deixar ajudar-te?
-
Para. – Gritou saindo da cozinha a correr e enfiando-se na casa de banho. Não
lá fui, não valia a pena. Ela estava a arruinar a vida dela e eu não podia
fazer nada. Talvez, quando for para o hospital é que acorde e perceba que aos
poucos se está a matar.
Peguei
na minha mala, fui dar um beijinho aos piolhos
que ainda dormiam como anjinhos e saí para trabalhar.
Quando
cheguei ao caixa, o carro do Rúben já lá estava. Estacionei e saí. Não fui logo
para o meu gabinete, fui primeiro tomar uma café que bem estava a precisar.
Para
minha surpresa estava lá o plantel, deviam estar a aguardar a hora do treino.
Saudei-os com um olá geral procurando o Rúben com o olhar mas não o encontrei.
Dirigi-me para o balcão e pedi o café. Enquanto esperava senti alguém a
sentar-se do meu lado. Era o Javi.
-
Ele não fugiu, foi só ao fisioterapeuta para saber se já podia treinar sem
limitações.
-
Ah, mas não estava à procura dele.
-
Claro que não – riu-se. – É que eu nem disse nome nenhum e tu percebes-te logo
que eu estava a falar do Rúben. – Continuou a ri e eu fiquei sem saber o que
dizer.
-
Estavam a falar de mim? – Viramo-nos e estava lá o Rúben. Agora que ele estava
ali comecei a pensar numa coisa. Como é que eu o ia cumprimentar? É verdade que
somos namorados e devíamo-nos cumprimentar com um beijo mas estávamos no nosso
local de trabalho para além de que ninguém, sem contar com o Javi, sabia que
nos conhecíamos e muito menos que namorávamos. Não me mexi. Desta vez, ele iria
poder escolher.
RÚBEN
Quando
sai do fisioterapeuta fui ao bar ter com o pessoal. Assim que entro vejo a Leonor
e o Javi ao balcão e pareciam estar bastante divertidos.
Admito
que me deu uma pontinha de ciúmes, não por ser o Javi pois sei que ele è o meu
melhor amigo e nunca me trairia, mas por ser alguém homem,
com a minha princesa.
Aproximei-me
e ouvi que falavam de mim. Resolvi meter-me com eles e ao mesmo tempo fazer
notar a minha presença.
-
Estavam a falar de mim? – eles olharam para trás. Queria cumprimentar a Leonor,
mas como? Não pensei, apenas deixei que o coração comandasse as minhas ações.
Beijei-a.
Beijei-a com saudade, não saudade de ontem mas saudade de há 3 anos, saudade
dos lábios finos mas bem definidos, saudade do tremor do meu corpo com o toque
daquelas mãos pequeninas e delicadas, saudade do sabor da sua boca, sabor esse
viciante. Saudade de a sentir minha.
Notei
que ela ao inicio ficou surpresa, mas correspondeu a 100%. Terminamos quando o
oxigénio se tornou mais importante.
-
Será que posso dar inicio ao treino ou o show ainda não acabou? – Ambos olhamos
na direcção da porta e o mister estava especado a olhar para nós. – Rúben para o
campo já. – encostei os meus lábios aos da Leonor e sai do bar, não sem antes
ao passar pelo mister ele me dizer – Espero que agora queiras impressionar
alguém e deixei de te queixar nas faltas como uma menina. – Eu ri-me e fui para
o campo.
✓O que se passará com a Catarina?
✓O JJ dirá algo á Leonor?
✓A Felicidade do Rúben e da Leonor quanto tempo irá durar?
Meninas aqui
está o último capitulo de 2012, tentei melhor alguns aspetos que me tinham
dito, espero ter conseguido.
Gostava
que dissessem também o que acham do novo aspecto do blog (;
Como
puderam reparar este capitulo teve muitas lembranças do passado, gostava que
dessem a vossa opinião quanto a isso ;b Ah, e a partir do próximo
capitulo entra a história JAVI-CATARINA (;
Também
tenho a nova função “ reacções”, gostava que contribuisem, é só um clique ;b
Por
fim, e não menos importante, queria vos desejar um bom ano a todas, que 2013
vos corra melhor que 2012 e agradecer por mais um ano fantástico que me
proporcionaram, não só como Escritora mas como Leitora :D
Beijinhos
Nii'i ♥
Meninas aqui
está o último capitulo de 2012, tentei melhor alguns aspetos que me tinham
dito, espero ter conseguido.
Gostava
que dissessem também o que acham do novo aspecto do blog (;
Como
puderam reparar este capitulo teve muitas lembranças do passado, gostava que
dessem a vossa opinião quanto a isso ;b Ah, e a partir do próximo
capitulo entra a história JAVI-CATARINA (;
Também
tenho a nova função “ reacções”, gostava que contribuisem, é só um clique ;b
Por
fim, e não menos importante, queria vos desejar um bom ano a todas, que 2013
vos corra melhor que 2012 e agradecer por mais um ano fantástico que me
proporcionaram, não só como Escritora mas como Leitora :D
Beijinhos