domingo, 10 de março de 2013

Enlaces do Passado - 18º Capitulo - ... E se já tiveres filhos Rúben? ...



Meninas neste capitulo estão poemas, queria dizer que quer os que estão aqui, quer os que aparecerão nos próximos capítulos , tanto textos como poemas, é tudo escrito por mim 





            - Sofia, há uma coisa … uma coisa que precisas de saber! – Mal acabou de falar, Leonor dirige-se para um banco de jardim perto do sitio onde ambas se encontravam e sentam-se. Respirou fundo. Ela sabia que aquilo que estava prestes a contar à irmã podia mudar algumas coisas… levar, não só a elas como também Rúben e o bebé que Sofia carregava, a uma nova realidade. Mesmo assim, achou que devia contar ( pelo menos esta parte do seu passado ) à sua irmã, ela tinha o direito de saber.

            - Podes falar Leonor. Seja o que for , não te vou deixar voltar a separas-te de mim.  – Sofia agarrou as mãos da irmã. – És a minha irmã mais nova, a minha pequenita. – Ambas sorriram. É verdade que apenas fazem diferença de apenas 3 
anos, Sofia tinha 23 , e Leonor 20 anos.

            - No outro dia – começou Leonor – quando me encontras-te em casa do Rúben, eu … eu não estava lá apenas por trabalho.

            - Tu e o Rúben namoram Leonor? Oh, não acredito… vocês namoram mas separaram-se por causa daquilo que eu disse em casa dele… - disse Sofia interrompendo Leonor. - … não acredito que se separaram por eu estar gravida dele … - levou as mãos à sua barriga … - eu não sabia Leonor,  a sério que n…

            - Podes parar Sofia? Eu e o Rúben não estávamos a namorar… não agora. – De facto, não estavam. Se se amavam? Sim, sem dúvida alguma, mas não namoravam. Aliás, nem tinham tido tempo para pensar nisso. Foi tudo tão … repentino.

            - Não entendo. – Concluiu Sofia, sentindo-se culpa, sem saber muito bem a razão.

            - Lembras-te de eu antes de ir para Braga ter um namorado?  De nunca ter querido falar aos pais dele pois para além de ser mais velho era jogador de futebol? – Sofia assentiu com a cabeça, temendo que Leonor afirmasse o que ela mais temia. – Pois, era o Rúben. – Sofia olhou o chão. Ela sabia o quanto a irmã havia gostado de Rúben … atrevia-se mesmo a dizer que ela o havia amado. Sofia sentia-se mal … incorrecta  Por um lado tinha o pai do seu bebé e , quase que inconscientemente o homem por quem ela se havia apaixonado, mas por outro lado, tinha a sua irmã, sangue do seu sangue, aquela com quem partilhava tudo e que, não só por isso mas por muito mais, não a queria magoar … trair. Sofia sentiu que estava a trair Leonor ao estar com Ruben, mas ela própria também gostava dele. Encontrava-se em dilema. Escolheria a sua própria felicidade ou a felicidade da sua irmã? Mas ainda havia outro senão. Havia Rúben. Sofia não sabia o que Rúben sentia pela sua irmã, mas sabia que por ela Rúben não nutria amor, sempre foi algo muito leve que ambos tiveram, mas esse leve depressa se transformou em amor para Sofia. A verdade era que, ela não tinha a certeza que Leonor ainda gostava de Ruben, nem se Rúben alguma vez gostou mesmo da irmã.

            O que Sofia não fazia a mais pequena ideia, era que ambos continuavam loucamente e insanamente apaixonados um pelo outro.

            - Não fazia ideia Leonor. Desculpa-me. – Acabou por dizer Sofia ao fim de um longo período de silêncio.

            - Não tens nada de pedir desculpa. Não há nada entre mim e o Rúben e bem … o que nós tivemos foi algo passageiro. – Leonor sentia a sua garganta a queimar com a quantidade de tolices que estava a dizer. O que ela e Rúben tiveram não teve nada de passageiro, e prova disso é que ainda hoje se mantém bem firme. Mas ela não podia dizer isso à irmã, simplesmente não tinha esse direito.

            - Mas eu lembro-me que na altura eras louca por ele … -Concluiu Sofia com a astúcia que sempre demonstrou possuir.

            - Oh, isso era da idade. Era adolescente, sabes como é nessas idades. – Leonor tentava não se mostrar apreensiva a falar deste assunto, e levar as coisas em tom de brincadeira e descontracção para Sofia acreditar no que ela dizia.

            - Então isso quer dizer que não sentes mesmo mais nada pelo Rúben?

            - Sim, o Rúben é o meu ex-namorado, nada mais que isso. – Sofia respirou de alívio. Ela (infelizmente) havia acreditado na irmã.

            - Ainda bem que assim é Nô. Eu gosto do Rúben … acho que estou apaixonada por ele e por isso vou tentar que resulte, não só pelo bebé mas mesmo por nós os dois. – Doía ouvir aquilo, é verdade, mas foi o caminho que Leonor havia escolhido traçar.


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            - Eu não tenho a certeza quanto a isto. – Afirmava reticente Leonor quando estava com Sofia em frente a casa dos pais de ambas.

            - Chegas-te até aqui, agora não vais recuar. – Depois da conversa que haviam tido á minutos atrás  não tocaram mais nesse assunto e seguiram viagem até onde se encontravam agora.

            - Passou tanto tempo …

            - Continuas a ser filha deles e eles continuam a amar-te. – Dito isto, Sofia abriu a porta de casa e chamou pelos pais, sendo que foi a mãe que lhe respondeu.

            - Estamos na sala filha. – Sofia entrou, mas Leonor não se sentia capaz disso.

            - Anda Nô, por favor. – Por muito que lhe custasse admitir, ela queria fazer aquilo, ela queria ver os pais … falar com eles … ela queria voltar a sentir o amor de pais que tanta falta lhe fazia. Entrou.

            - Trago companhia. – Anunciou Leonor ao entrar na sala indo ao encontro dos seus pais, ambos sentados no sofá.

            - Quem? – Perguntou o pai, olhando para a porta e não vendo ninguém. Sofia também olhou e não viu Leonor. Saiu da sala e viu Leonor parada no sitio onde a tinha deixado, parecia hipnotizada. Deu-lhe a mão e levou-a até à sala. Ela parecia estar em piloto automático. Assim que entraram na sala, a mãe de ambas emociona-se.

            - Leonor … - deixou escapar a progenitora sem se conseguir mexer com a surpresa. Leonor despertou do transe em que estava e ia na direcção da sua mãe, quando a voz do seu pai a faz parar.

            - Sai já desta casa, deixas-te de ser minha filha no dia em que te foste embora sem dares justificações.


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            Rúben e Mauro encontravam-se sentados numa esplanada perto do rio Tejo. Falavam de banalidades, coisas do dia a dia, mas a cabeça de Rúben estava bem para além disso, algo que não passou despercebido ao seu irmão.

            - Puto, que se passa? Disseste que me explicavas.

            - A minha vida está uma confusão.

            - Explica lá isso melhor Rúben. – Pediu Mauro, numa tentativa de ajudar o seu irmão.

            - É demasiado confuso.

            - Faz um síntese.

            - Queres um síntese? Entao eu estou apaixonado loucamente por uma mulher extraordinária, a mesma que me deixou à sensivelmente 3  anos atras por carta e descobri ontem que sou ser pai do filho da irmã dessa mulher extraordinário. Ou seja, ela vai ser tia do meu filho.

            - A Sofia esta gravida? - Mauro conhecia a irmã de Leonor, chegaram a ser grandes amigos. – Pera, tu namoras-te e engravidas-te a Sofia?! – Mauro estava atónico com o que Rúben lhe contara. Mas ficou mais quando se apercebeu de outro pormenor. – Tu admitiste que ainda amas a Leonor. – E sorriu.

            - Mas isso agora também não adianta de nada. – Concluiu Rúben com o semblante pesado e triste.

            - Como assim?

            - A Sofia está grávida e a Leonor já deixou bem claro que não quer nada comigo, diz que não é capaz de magoar a irmã dessa maneira. Só me resta estar ao lado da Sofia e do meu filho.

            - Então é assim que vai ser? Vais desistir de quem amas? Vais desistir de ser feliz?

            - Mauro, ela deixou bem claro aquilo que queria, e eu agora tenho de me 
preocupar com o meu filho que vai nascer.

            - E se já tiveres filhos Rúben? – Ele olhou Mauro sem perceber ao que eles se referia. - Saber fazer contas?

            - É claro que sei fazer contas, mas o que é que isso tem haver ? Estás maluquinho agora é?

            - Então se sabes fazer contas, vê á quanto tempo a Leonor se foi embora e vê que idade tem a Filipa e o Tomás.  Faz a conta á probabilidade que há de eles serem teus filhos. Arrisco-me mesmo a dizer que é de mais 90%. – Rúben recostou-se na cadeira e o click fez-se. O seu irmão tinha razão. Pensou para si “ Será?”


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            Depois de dar o pequeno almoço aos meninos, eles foram ver televisão e Catarina acabou por se refugiar naquilo onde se sentia bem :  a escrever.

            Ela não queria pensar em Javi … ela não podia pensar em Javi, mas a verdade era que ele não lhe saia da cabeça. Não lhe dissera porque fora embora, nem lhe explicara nada. O tempo passou a voar e quando deu conta era hora do almoço. Foi faze-lo e depois chamou os pequenos , que já considerava seus, para a mesa. Estavam a almoçar entre risos quando o Tomás faz uma pergunta que deixa Catarina sem saber o que responder.

            - Catarina, porque é que o Ruben não veio mais cá a casa?

            - Sim, a gente gosta dele. – Conclui Filipa. Catarina não sabia o que responder, por isso apenas disse:

            - Quando a mãe chegar perguntem-lhe, ela é que sabe a resposta não eu, sim pimpolhos? – Eles assentiram com a cabeça e nada mais disseram.

            No fim, foram brincar para a sala enquanto Catarina arrumava a cozinha. Quando acabou, foi busca-los e levou cada um para o seu quarto para dormir a sesta.

            Depois disto, voltou à sala e continuou o que havia parado para almoço. A meio da tarde, tocaram a campainha.

            - O que é que tu queres? – perguntou Catarina assim que abriu a porta.

            - Olá para ti também. – Respondeu Javi entrando.

            - Mas tu és maluco? – Questionou Catarina fechando a porta e indo atrás dele. – Vais-te embora sem dizer nada e depois apareces assim do nada?

            - Tive treino, tive de ir embora.

            - E custava-te muito deixares um bilhete?

            - Ficas-te chateada por te ter ido embora? - Perguntou Javi, aproximando-se dela, mas como era de esperar Catarina afastou-se.

            - Não. – Afirmou prontamente. – Apenas fiquei preocupada, nada mais. – Quando acabou de falar ouviu um barulho vindo do quarto do Tomás e foi até lá.

            Javi deixou-se ficar na sala e reparou num caderno aberto em cima da mesa. Ele sabia que era errado, mas como percebeu que era de Catarina pegou nele e começou a ler. Ele queria percebe-la.


Quero me mostrar !

Estou cansada
De me esconder do mundo
Estou farta
de viver num buraco fundo
Escondo-me atrás de algo
Ou mesmo de alguém
Escondo-me e fujo
Não conheço ninguém
Falo e ninguém me ouve
Ouço mas ninguém me fala
Não está ninguém nesta sala
Sala tão pequena
E sem lugar para ninguém
Sala só para mim
Sala sem alguém
Não sou pessoa
Não sou um ser
Não sou nada
Ninguém quer saber
Queria ser livre
E ao mundo puder falar
Queria ter alguém
Ao meu lado, a me escutar
Queria ser chamada
Ser levada em consideração
Queria que se lembrassem de mim
Ser uma recordação
Mas é o destino
Eu ser assim
Presa nesta sala
Sem nunca ver o fim
Volto para o meu canto
Volto a ficar sozinha
Já estou habituada
não ter uma vizinha
Vou continuar
A para o nada falar
Vou continuar
A nesta sala chorar

           Javi percebeu que se tratava de um poema, ou melhor um desabafo em forma de poema. Ele adorou o que leu, virou a página e viu outro.


Traição

Traída pela vida
Traída pela dor
Traída pela saúde
Traída pelo amor
A traição
É algo que dói
É algo incontornável
É algo aborrecido
É algo memorável
A traição
Nunca se esquece
E do coração
Nunca desaparece
Pode-se nela
Não se pensar
Mas o coração
Há-de dela
Sempre se recordar!
A traição
Ela sente-se
Ela dói
Ela remexe
Ela constrói
A traição
Deixa trauma
Deixa dor
Deixa insegurança
Deixa falta de amor!
A traição
É inútil
A traição
É frustrante
A traição
É desprezável
A traição
É humilhante


            - Não tens o direito de mexer nas minhas coisas. – Afirma Catarina tirando-lhe o caderno das mãos.

            - Estavam tão lindos.

            - Não tinhas o direito Javier!

            - Alguém sabe que escreves assim? – Javi tentava desviar o assunto, minimizando a situação.

            - Não , ninguém devia saber. Mas agora sabes tu. Não tinh…

            - Tudo bem, eu peço desculpa pelo que fiz mas agora vamos ter uma conversa Catarina.

            - Já estamos a ter uma …

            - Uma conversa séria Catarina. - Acabou de falar e sentou-se no sofá de maneira confortável, como que se acomodando-se para a longe e difícil conversa que viria dali. Mas uma coisa deixava Javi feliz, ele depois de ler aquilo percebia melhor Catarina e tinha descoberto uma paixão dela: a escrita. 



Olá meninas, 
Está aqui mais um capitulo. Espero que esteja do vosso agrado.
Deixem a vossa opinião, quer nas reacções quer nos comentários, pois ela é essencial para mim!
Queria também que dessem a vossa opinião sobre os poemas que estavam no capitulo, foi eu que os escrevi, por isso queria muitoooo a vossa opinião.
Beijinhos

Nii'i 

14 comentários:

  1. Fantastico adorei.Quero o proximo.bjs

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  2. Olá!
    Adorei!!! Espero que o Ruben esteja a fazer contas xD
    Adorei os poemas (mas isso ja sabias, ja te tinha dito) e agora estou curiosa para saber como vai correr a conversa!
    Venha o proximo!!!!

    Beso
    Ana Santos

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  3. Adorei!
    Napoli gostei muito do pai da Leonor, mas gostei do "abre olhos" do Mauro ao Ruben!
    E dos poemas também!!
    Próximo rápido por favor!!
    Bjokinhas
    Mariaa

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  4. Olá :D
    Bem...

    1 - a reacção do pai da Leonor foi completamente fora! Ele poderia ser mais compreensivo...afinal é filha! Espero que a mãe e a irmã da Leonor o consigam amansar e, possivelmente, os meninos.
    2 - Grande abre olhos do Mauro ao Rúben! Vamos lá ver é os resultados.
    3 - ai, ai, ai...o Javi e a Catarina...eles têm tantas complicações, mas espero, mesmo, mesmo, que fiquem bem (são o meu casal preferido...a relação deles é tão pura)

    Espero pelo próximo!
    Besos guapa.
    Ana Patrícia Moreira.

    PS: WOW os teus poemas são lindooos +_+

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  5. em primeiro, os poemas estão super bons xd
    depois, o pai da Leonor foi mauzinho, né?
    Espero que o Javi e a Catarina se entendam :b
    e por ultimo e mais importante, espero que o menino Rúben esteja a fazer contas e que acerte no resultado e que deixe a Sofia, que isso sim é o mais correto xd
    E obrigada Mauro pelo abre-olhos kkkkk
    quero muito o próximo como sempre *-*

    beijinhos, Débora*

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  6. Olá
    simplesmente adorei o capitulo,
    tens imenso jeito para a escrita, os poemas estão fantásticos, parabéns :=

    beijinhos, Patrícia :)

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  7. Oi...
    Descobri hoje a tua fic e está fantástica, adorei.

    Bjinhos
    Mils

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  8. Quando voltas a publicar?bjs

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  9. Adoreiii! Quero muito ler o próximo, e saber como é que vão correr as coisas, agora que a Sofia sabe que a Nô e o Rú namoraram.. E quero ver agora o Rúben... :s
    Beijinhos*
    Mónica

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  10. olá, adorei ler estes capitulos todos...estão top 5
    continua sff :*

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  11. minha querida mil desculpas de só agora conseguir comentar o capitulo mas sou sincera que só hoje consegui vir aqui apesar de o ja ter lido! :s

    em primeiro tenho a dizer que está maravilhoso, como sempre!! :)
    depois...bem, esta historia cada vez mais está complicada para ambos os lados e se o ruben tiver mesmo a confirmaçao que os meninos sao filhos dele, tudo irá mudar!!

    e para além disso temos aqui a catarina e o javi que só me deixam com uma vontade acrescida de saber como irao estes dois ficar!!
    ah, e adorei os teus versos, estao espectaculares!! :))

    espero muitoo o proximo!! fico a aguardar muito ansiosa e escusado será dizer que estou a gostar imenso desta história! continua guapa! :)

    beijinhos!!

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  12. Adorei!!
    Oh meu Deus! Os poemas! São tão lindos!
    Adorei! Completamente.
    Continua!
    Beijinhos


    PS: Estava difícil o Rúben começar a fazer contas...

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  13. Olá!

    Desculpa a demora em comentar, mas só agora consegui ler!
    Ai, não gosto nada disto! A Leonor devia logo ter contado tudo, a irmã dela precisa de saber! A Sofia tem de saber de tudo, a Leonor e o Ruben tem de ficar juntos! O Ruben merece saber dos meninos, que eles são filhos dele.

    Este pai das duas bem que podia acolher a filha, apesar do passado ela continua a ser filha dele. Espero que a mãe dela intervenha e que consigam conversar e assim ficarem todos de bem!

    Adorei os poemas, são muito fortes e transmitem aquilo que a Catarina está a passar.
    Espero que ela e o Javi resolvam as coisas, e que finalmente ela deixe o Javi entrar na sua vida, ela precisa de aguém que a apoie, que a ajude, precisa de um amigo, do Javi.

    Quero rapido o próximo, sff.

    Beijinhos
    Beatriz

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  14. Algo me diz que a Leonor vai responder o pai, afinal o homem foi parvo, em vez de abraçar a filha começou logo a embirrar.
    Depois a Catarina e o Javi, estou adorar cada vez mais a história destes dois.
    Beijos.

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