RÚBEN
-
Sofia mas tu estás parva? O que é que te deu? – Estava furioso com ela. Não
percebi porque ela fez isto ainda por cima a frente da Leonor.
-
Rúben calma sim?
-
Calma nada, acabas-te de piorar as coisas todas. Agora é que ela não olha mais
para a minha cara. – Disse, tapando a cara com as mãos.
-
E acho bem que não olhe.
-
Eu não te estou a reconhecer Sofia. – Aquela não podia ser a minha melhor
amiga, não depois de tudo o que lhe contei sobre a importância da Leonor.
-
Rúben, não é por a Leonor não querer nada contigo agora que te vais andar a
atirar a outras gajas. Tu tens de lutar pela Leonor. – Pronto, agora já tinha
percebido. – Eu fiz aquilo para aquela gaja desaparecer. Imagina que a Leonor
te via com ela? Mas já agora, vais comigo lá dentro dizer-me quem ela é? É que
nunca a vi.
-
Acabas-te de a conhecer.
-
Ah? Não percebi.
-
A rapariga que “afastas-te” é a Leonor. – Ela fez uma cara que nem sei dizer.
-
Aí não acredito. Estraguei tudo não foi? – Não lhe respondi, apenas virei-me de
costas. – Desculpa Rúben, desculpa.
-
Deixa lá, só querias o melhor. – Era verdade, a Sofia só me queria ver feliz, e
ao longo destes 2 anos nunca aprovou nenhum “relacionamento” que tive. Dizia
que estava a enganar a cabeça, mas o coração ninguém consegue enganar. Desde
que soube que a Leonor voltou que não pode ver nenhuma gaja a aproximar-se de
mim que diz que é minha namorada para a Leonor não pensar que já não sinto nada
por ela.
LEONOR
Estava
quase a baixar uma barreira, quase a permitir algo que muito provavelmente me
iria fazer arrepender com todas as minhas foças, mas caí para a realidade a
tempo e mais uma vez com uma desilusão do Ruben. Na verdade, ele merecia ser
feliz, se tinha encontrado alguém que gostasse realmente dele e que de quem ele
realmente gostasse eu só tinha de ficar feliz, eu tomei a decisão, agora arco
com as consequências.
***
Uma semana se passou e eu não vi o Rúben, aliás,
fiz por não o ver. O trabalho no Benfica corria lindamente, foi realmente a
melhor decisão que tomei em aceitar este cargo.
Estava
deitada no sofá quando a campainha tocou. A vontade de ir abri-la era pouca mas
a pessoa estava a ser tao insistente que tive de me levantar e ir abrir.
- Ana… - Falei assim que vi quem era.
- Ena, tanto entusiasmo.
- Desculpa mas hoje não estou muito bem, mas
entra. – Ela entrou e eu fechei a porta.
- Tirando hoje é todos os dias. – Respondeu-me
já quando ambas estávamos sentadas no sofá. – Cada vez tenho mais certezas.
- Que queres dizer?
- Pensava que o Rúben era o único que sofreu com
a vossa separação “estúpida” mas tu também sofres, tanto ou mais que ele. E
cada vez tenho mais certezas que vocês que vocês se amam, nunca se deixaram de
amar. – Não, andei uma semana ocupada sempre de um lado para o outro para não
ver nem pensar no Rúben. Este assunto para mim estava acabado, por isso
mudei-o.
- Mas foi para falar disso que cá vieste?
- Mudas sempre de assunto quando o tema é o
Rúben. – Revirei os olhos e ela continuou. – Mas pronto, vim aqui para te fazer
uma proposta.
- Diz.
- Sabes quando esta semana fui fazer a sessão
biquíni e foste comigo ver e depois a fotografa disse que gostou do teu look e
pediu para tirares algumas fotos ?
- Sim, tirei-as por mera brincadeira.
- Pois, mas parece que um editor viu-as sem
querer e adorou e quer publica-las.
- Publica-las num artigo, fazendo promoção á
marca.
- Nem penses Ana, fiz aquilo por diversão.
- Eu sei disso, mas pensa, elas já estão
tiradas, ganhas dinheiro e promoves a tua imagem.
- Sim claro, com aquelas fotos vou mesmo
promover a minha imagem.
- Anda lá Leonor, eu sei que sempre quises-te
ser modelo. Por mim. – Olhei para ela, ela tinha razão se já estavam tiradas e
já porque não? Além disso ia me dar gozo ver a cara do Rúben, visto que
enquanto namorávamos ele sempre disse que nunca me ia deixar fazer uma coisa
destas.
- Pronto tudo bem. Mas já sabes quando sai a revista?
- Já. Sai amanha.
- Já?
- Eles adoraram e como a revista é mensal e sai
amanha a deste mês eles não quiseram esperar até ao próximo mês. – Eu e a Ana
continuamos a conversa e ela acabou por jantar lá e ficar até tarde.
Mal ela se foi embora eu fui-me logo deitar.
Amanha tinha de acordar cedo, a Ana pediu-me para passar em casa dela e tomar o
pequeno-almoço com ela e com o Mauro.
Cheguei a casa da Ana eram quase 9 horas. Ia
tocar a campainha mas ela abre a porta nesse momento, pois ia por o lixo na
rua.
- Ah, ola. – Disse cumprimentando-me.
- Bom dia.
- Entra. – Entrei com ela mas não vi o Mauro nem
na Sala nem na cozinha.
- Não, está no quarto a acabar de se vestir. –
Enquanto falávamos íamos pondo tudo na mesa para tomarmos o pequeno-almoço. A
campainha tocou.
- Estás á espera de mais alguém?
- Eu não. – Quando ela ia sair da cozinha para
abrir a porta ouvimos o Mauro a gritar que ele abria, pois estava a acabar de
descer as escadas nesse momento.
- Entao mano, que se passou? – Ouvimos o Mauro a
dizer. Ouve-se passos até á sala e depois o Mauro a fechar a porta e seguir o
mesmo caminho. A Ana entretanto foi ao andar de cima acabar de se arranjar.
Entre a sala e a cozinha existia como que uma
pequena janela que estava um pouco aberta, espreitei e vi-o. Era o Rúben quem
tinha chegado. Andava de um lado para o outro com alguma coisa na mão. Sei que
não se deve fazer, mas ouvi a conversa deles.
- Rúben, já me podes explicar o que se passa? –
Perguntou novamente o Mauro já impaciente.
- Vê isto e já percebes.
RÚBEN
-
Vê isto e já percebes. – Passei a revista ao Mauro. Assim que vi aquelas fotos
fui para casa do Mauro. Ia pedir-lhe que me desse a Morada da Leonor para ir
falar com ela, pois de hoje não passava a nossa conversa.
Á
medida que o Mauro ia vendo as fotos ia ficando com uma cara de surpreendido.
-
Mano, desculpa dizer-te mas a Leonor arrasou. Que ela é bonita toda a gente
sabe, mas estas fotos superam a melhor das ideias.- riu-se.
-
Tu achas piada a essa falta de vergonha?
-
Qual falta de vergonha qual quê. Tu estás aí todo mortinho de ciúmes porque
sabes, em primeiro que ela arrasou mesmo, segundo porque sabes que vais ouvir
muitos comentários e alguns menos próprios sobre isto e em terceiro e a
principal razão, estás assim porque ela agora não é tua e sabes que
interessados nela é o que não faltam, ainda para mais depois disto. – disse
passando-me a revista para as mãos.- Porque tu por muito que digas o contrário
ainda gostas dela, muito mesmo e ela mexe imenso contigo. Repara como ficas com
fotos, imagina como vais ficar quando tiveres mesmo a Leonor á tua frente. –
Ele tinha razão, eu gostava dela, isso não podia negar. Mas será que era o
suficiente para chamar de amor? Só posso responder se a tiver nos meus braços,
se a puder beijar, se a puder ter. Mas não vou correr atrás para sempre. Se ela
me disser que não me quer não vou insistir, simplesmente vou partir em frente.
Despertei dos meus pensamentos com a entrada da Ana.
-
Rúben… - notei bastante estranheza na sua voz, diria mesmo que não me queria ali,
o que não era de todo da Ana.
-
Desculpa, não incomodo mais.
-
Não incomodas nada mano.
-
Eu já vou embora, só passei mesmo para vos pedir a morada da Leonor.
-
Claro. – Apressou-se a dizer o Mauro.
-
Não vai… - disse a Ana mas eu interrompi-a.
-
Ana, entendo que a Leonor te tenha dito que não queria falar comigo, mas
por-favor é mesmo importante.
-
Não é isso Rúben. A Leonor está aqui em casa, lá em cima no quarto de hóspedes
e ouviu a vossa conversa. – Nem lhe dei tempo de dizer mais nada. Pousei a
revista em cima da mesa da sala e subi apressadamente as escadas. A porta do
quarto estava entreaberta, por isso pude espreitar.
Ela
estava deitada por cima da cama, encolhida em concha. Estava a chorar, eu
conheci-a. Sempre que chorava ela punha-se assim para que ninguém pudesse ver.
Os soluços comprovaram a minha teoria. Abri a porta e entrei sem fazer barulho.
Aproximei-me na cama. Sentei-me e puxei-a logo para o meu colo, como se faz aos
bebés.
Esperava
que ela tentasse se soltar mas isso não aconteceu, pelo contrário, ela
aproximou-se ainda mais de mim, agarrando a minha camisola.
LEONOR
Senti
alguém a puxar-me, percebi logo que era o Rúben. Por mais que a razão me
dissesse que era errado, o coração dizia-me que era o mais correto. Eu queria
senti-lo, melhor, eu precisava
de senti-lo. Agarrei-me ainda mais a ele,
sei que ele estranhou a minha reação mas sei que ele também queria isto. Pode
ser errado, mas ambos queríamos e precisávamos destes momentos. O seu perfume
ainda era o mesmo, ofereci-lhe o primeiro no seu aniversário desde que
namorávamos. A partir daí usou sempre o mesmo e parece que ainda o usa. Fiquei
contente, sorri.
-
Porque estás a sorrir? – Perguntou-me o Rúben.
-
O teu perfume. Ainda é o mesmo.- Fui sincera.
-
Para além de cheirar muito bem, faz-me lembrar de ti. – Afastei-me dele e
olhei-o nos olhos.
-
O maior erro da minha vida foi quando fui embora. – baixei a cara. Ele pôs a
mão no meu queixo e levantou-o fazendo-me encara-lo.
-
E o maior erro da minha vida foi quando te deixei ir embora.
-
Mas isto agora é errado Rúben e … - Ele pôs o dedo á frente da minha boca impedindo-me
de falar.
-
Esquece o passado, esquece os outros, esquece o certo e o errado, vamos apenas
pensar em nós e naquilo que queremos. – Aproximou-se de mim de mim, sentia a
sua respiração quente. As nossas testas estavam coladas, colocou a sua mão no meu
cabelo afasto-o da cara. Só pensava o quanto o queria beijar.- Vamos apenas amar.
Será que o tão aguardado beijo vai acontecer? Como passará a ser a vida deles a partir desde momento, em que ambos nao conseguem mais esconder o que sentem? Irão se entregar a este amor que os "persegue" á imenso tempo ou irá acontecer algo que os impeça de se entregarem a esta paixão?
Bem meninas, é tarde, mais precisamente 2h35min da manha, cheguei agora a casa e estou mesmo cansada mas como amanha e domingo iria ser muito difícil postar fiz um esforço e postei-o ainda hoje.
Gostava muito que todas as pessoas que lessem dessem a sua opinião, um simples "gosto" ou "não gosto" já ajuda a ter uma perspectiva de como é encarada a fic "desse lado".
Gostava também de dissessem se acham que eles irão conseguir se entregar a este amor ou não, se acham que o beijo irá acontecer...
Beijinhos
Nii'i♥
POR FAVOR JUNTA-OS PORQUE EU PRECISO! xD
ResponderEliminarEu sei que nao posso fazer destas chantagens mas pronto! Vá lá!!!
Quero o proximo!
Beijo
Ana
Afinal era amiga dele e nao namorada! ahahah e no fundo ate estava a tentar afastar as raparigas dele por causa da Leonor.
ResponderEliminarEspero bem que haja mesmo beijo e que fiquem juntos depois desta declaraçao, porque no fundo este momento deles pode ser considerado uma confissao do amor que ambos ainda sentem.
Beijinhos*
Fantastico gosto muito da tua fic.publica rapido.bjs
ResponderEliminarAdorei.....
ResponderEliminarola. gosto muito da tua fic mas nao tenho o habito de comentar mas isso nao ker dizer k nao goste.
ResponderEliminarmesmo assim vou tentar deixar um simples GOSTO...
bjs (continua esta mt boa)
Começou bem , continuou bem e dpeois acabou assim :/
ResponderEliminarEstou cada vez mais presa á fic e a estes dois , espero bem que seja desta que eles dêm uma segunda oportunidade :)
Os dados estão lançados... acho que tudo pode acontecer.
ResponderEliminarParece-me haver demasiados mistérios para regressarem, parece-me também que há uma atracção inata, incontrolável e irresistível entre eles.
Está fantástica a história, abres em cada capitulo 1500 possibilidades de continuação. Isso é estimulante para quem lê, ou pelo menos para mim (;
A prova disso é que são estas horas indecentes e eu não consigo parar de ler xb